
Quem pode dizer o que se esconde no âmago de um coração? Quem pode negar existência a algum sentimento? O coração possui a dualidade, enquanto proto-metáfora, regendo seus conceitos.Tal apropriação deriva das sábias noções do Oriente, onde o equilíbrio é sinal de evolução.Então posso afirmar que ,no interior de um coração, luz e trevas vivenciam um embate que, embora debalde, é essencial para a manutenção de sua própria existência? Quais os efeitos sofridos quando essa balança não mais cumpre sua função? Um coração embebido em trevas ainda é um coração? Ou se torna mera sombra daquilo que prometera ser um dia? Um coração perfeito é um coração vazio? Ou seria um coração vazio um coração perfeito? O Nada, assim como as Trevas e a Luz, é eterno...Mas, pode-se materializar o Nada? Ao designarmos uma palavra, não estaríamos encerrando seu cerne em uma palavra? O Nada seria uma palavra? O Nada habita alguns corações. Alguns? Quanto mais você se aproxima da Luz, maior é a sua Sombra... Entre a Luz e as Trevas, em espaços utópicos onde eles possam existir, o Nada é criado. Os segredos da existência, as próprias definições daquilo que poderá vir a ser, são resultado da batalha incessante, entretanto, necessária, do coração. Aqueles que desistem de lutar contra as Trevas internas sucumbem a apenas uma parcela do Todo.Essas pessoas são as que mais se devem temer, pois... Não procuram as Partes tornarem-se Todo? Um coração negro só pode encontrar sua redenção no coração de outrem.Por isso que, em plena exploração capitalista, o amor puro e idílico se tornou uma raridade.Hoje, a modalidade de amor existente preza o sacrifício, onde os erros sejam diluídos nas emoções alheias.Não se busca o Amor por ideal, e sim como mera tentativa, ainda que lamentável, das Partes se unirem ao Todo.
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