May 2, 2010

Aqueles que se conhecem. . .


Engraçado pensar no quanto temos que andar para encontrarmos aquilo que realmente procurávamos, desde o primeiro passo da caminhada. Divertido relembrar os tropeços que tivemos ao longo do trajeto, cuja única função foi a de fortalecer laços que desafiam questões de tempo e receio. Lúdico é ser apresentado a todas as possibilidades, e, com uma cega confiança, escolher. . . selecionar.

Sou partidário da idéia de que toda escolha é, essencialmente, uma exclusão. Nem toda exclusão, entretanto, é negativa. Diversos são os caminhos, porém única é a finalidade. Aquilo que enseja toda e qualquer conduta humana: a vontade. Em linguagem morta, Mens, traduziria esse conceito como sendo o elemento subjetivo que reveste toda e qualquer ação humana. Em bom português? a mente!

Quando a vontade é dilacerada pela sensação de obrigação, só resta uma solução: liberdade. E é através dessa liberdade, carregando as dificuldades do caminho, que aprendemos a selecionar, e mais uma vez inicia-se o processo de dilapidação do caráter próprio, e, também, alheio. A livre capacidade de associação, negando os erros do passado, mas nunca esquecendo do que motiva a interação humana: amizade e amor.

Sei, é claro, que no início, tudo são flores. Os vícios não estão tão aparentes, mas ser amigo também é enxergar o que há de melhor nos outros. Como diria o sábio Oswaldo Montenegro "Quantos defeitos sanados com o tempo eram o melhor que havia em você?". Façamos, então, apologia ao erro, como forma de se alcançar o caráter, e nunca, como tentativa vã de alterar apenas a sua própria realidade. Esses erros não se devem celebrar.

Eles tem razão quando me avisam que eu não sei medir o tempo e o medo. Que as oportunidades vêm, mas não voltam, e que o que fazemos desses eventos nos define. Fazer e receber na sagrada e exata proporção que lhe convém. Enfim, ser amigo e ter um amigo. Amar e ser amado. Ao vislumbrar a grande trajetória que passamos em vida, analisamos também quem realmente somos, e quem realmente podemos ser, agora com uma sensação de dever cumprido.

1 comment:

Thata said...

Definitivamente...no inicio tudo são flores depois analisamos os defeitos aparentes as atitudes de cada pessoa que convivemos. E nos deparamos mtas vezes com coisas que discordamos, ou nos incomodamos e nos decepcionamos. Porem o lado bom disso é que sabemos quem são os amigos de verdade. e quem sao os projetos de amigos. te amo.